quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cada vez mais parecida com a meta

Para quem conhece meu projeto do chevette pode achar as modificações da Chevrolet Brasil 
muito radicais, já que até a aparência pode ser modificada, contanto que sejam usadas peças com cara "classica". Outra diferença desse projeto é que não vou deixar algumas das peças de acabamento perfeitas, vou inclusive comprar algumas usadas para combinar com outras peças "velhas". Não sei por que mas achei que fica legal assim. Recentemente no entanto decidi que a segurança e confiabilidade terão que ser mais garantidos do que na ideia inicial, nem que para isso alguma parte da aparência tenha que ser deixada para depois da conclusão do chevette. Penso inclusive na possibilidade de consertar todos os defeitos do tipo trinca e buracos na lata e pintar sem "alisar" (rat hod bonitão), decisão que terá que ser tomada em breve.
No puro conceito de garantir a integridade e confiabilidade resolvi dar um couro na suspensão dianteira, trocando pela da C-20, que ao contrario do que é dito por ai não encaixa "plug and play" no chassis da brasil. O chassis da séria C-14 até a D-20 é afunilado na ponta impedindo o encaixe do travessão, alargar o travessão não é uma boa ideia pois os quase 5cm de diferença iriam jogar o ponto de convergência do angulo "king pin" para trás do diferencial, fazendo com que a pickup saísse de traseira! Modificar as bandejas pode causar movimento errado da mola ou ainda bagunçar outros angulos da suspensão!
A solução mais correta é modificar o chassis com o mínimo de solda possível, o que é difícil sem danificar sua numeração, então, cuidado se for tentar.
Aqui estão algumas das partes da suspensão já jateadas e "inspecionadas". Note que não é uma boa ideia jatear eixos, isso iria gerar problemas em sua superfície que alem de atrapalhar o encaixe dos rolamentos ainda iria torna-lo mais suscetível a fadiga. 
 Esse eixo foi "reprovado", embora muitos mecânicos pudessem topara utiliza-lo, esses grandes defeitos superficiais tenderiam a crescer e na melhor hipótese estragar o rolamento, já na pior, se tornar "passante" e quebrar tudo no meio!
 O parafuso que fixavas a pinça de freio estava quebrado dentro do buraco. Fiz um furo mais ou menos no meio e tentei saca-lo com a ferramenta adequada para isso, que parece um macho para rosca cônico e esquerdo.
 O problema foi que estava muito emperrado e quebrei a ferramenta dentro do buraco na primeira tentativa. O melhor para soltar um parafuro travado é aquece-lo com maçarico até ficar vermelho e depois esfriar bem rápido com água. 
 Está tudo indo aos poucos para o ácido fosfórico, para o pó e para o forno.

 Aqui um lado já está pronto com a pintura, só falta o cubo para montar.
 Enquanto isso, a "outra equipe" trabalhou na cabine, chassis e outras partes. Aqui a cabine já foi jateada e está com o wash primer.
 O podre entre a capota e a janela realmente está feio, fora isso o resto está muito bom.
 As portas estão "quase" perfeitas. Segundo o cara que fez o jato, conforme o metal foi ficando quente com o jato e a massa foi saindo, os piores amassados foram voltando sozinhos! Tem uma explicação técnica para isso mas fica para quando for mostrar o capô.
 A cabine voltando do jato. O pior é que o caminhão era alto e foi difícil de tirar.
 Testando a suspensão antes da chegada das peças novas. Tudo "funcionando" bem.
Como ficaria sem as molas e os coxins da cabine. Super hot rod! Mas não vai ficar assim, vai subir para a altura original.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Progresso da cabine

Ao contrario do chevette a chevrolet brasil foi bastante terceirizada, então o progresso, mesmo que não tão rápido quanto eu gostaria sempre acontece. Enquanto rola trabalho na cabine eu estou trabalhando na pintura a pó, no sistema de freios/suspensão dianteiro e na megasquirt (injeção programavel) que vai tocar o motor.
Devido a alguns problemas que vão atrasar o projeto do chevette, resolvi que vou mudar algumas coisas no projeto da brasil para ter ela pronta mais rápido. Entre essas "coisas" serão temos a compra de algumas partes "caras" para acertar a suspensão dianteira mais rápido, a compra do sistema de freio original da D-10 para instalação e o envio de um monte de coisas para jateamento para fazer pintura a pó.
Essas são a alavanca de freio de mão, moldura da luz de teto, braçadeira da coluna de direção e dobradiças da tampa do porta luvas já com a pintura a pó. Estou usinando os pinos novos da alavanca para usar anel elástico, assim fica fácil dar manutenção no futuro. 
  Aqui o Romeu, que está dando o trato na cabine, estava quase terminando de raspar a parte de baixo. Depois de raspado apareceram alguns podres relativamente pequenos. Vamos mandar a cabine para jato para fazer algumas regiões que não estão dando certo com escova e depois volta para fazer as soldas e preparar para pintura.
 Realmente é muito mais simples fazer uma pickup do que um carro monobloco, para quem não viu, para acessar a parte de baixo do chevette, precisamos construir um dispositivo para girá-lo, já a pickup é só pegar no braço em dois e colocar de lado bem escorado para não amassar.
As pinças e outras partes vão para jateamento essa semana junto com a cabine e o chassis, com sorte a suspensão e o freio dianteiro já estarão montados antes do final da próxima semana.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Trabalhando com o que tenho

Esse final de semana demos um gás no chevette, mas nem por isso a brasil ficou parada. Pintei algumas coisas com pó, trabalhei no motor do limpador de parabrisas e selecionei quais as próximas peças as serem trabalhadas.
 Mais algumas peças pintadas com pó, algumas do limpador de parabrisas, outras da alavanca do freio de mão, outras da fechadura das portas e a carcaça das lanternas dianteiras.
 O motor do limpador é realmente robusto, como fabricado "antigamente", mas infelizmente isso era necessário pois o dimensionamento da parte elétrica e a qualidade de fabricação era questionável, então não necessariamente essa robustez era garantia de durabilidade e confiabilidade. Surpreendentemente o motor está funcionando, abri "apenas" para dar uma revisada e fiquei preocupado com o cheiro de queimado o que pode indicar que parte dos enrolamentos pode ter sido danificado pelo calor perdendo seu isolamento. Vou fazer um diagnóstico mais detalhado e posto por aqui novamente.
 A graxa da caixa de redução do motor do limpador de parabrisas parece original, em lugares mais "parados" (zonas mortas) ela inclusive está solida. Vou remover tudo e aplicar molykote no lugar.
 As próximas peças a serem soldadas são os estribos e o suporte de radiador. Os estribos sofreram muito durante a vida, tem amassados, soldas "estranhas" e remendos horríveis. Nada que não possa ser arrumado.
 Não sei como essa corrosão apareceu aqui, mas dá para resolver na TIG. A trinca no meio, será mais simples ainda.
 Esse remendo e o parafuso soldados são coisas que qualquer mecânico/funileiro sério deveria ter vergonha de fazer. Vai dar mais trabalho para resolver do que se tivesse sido feito certo antes.
 O suporte do radiador só tem esse podre, vou arrumar primeiro para já poder colocar no carro.
 Outra "fatalidade" dos estribos. Deve ter sido uma bela encostada, pois a chapa é bem grossa ....
O suporte do radiador no total está em boas condições.